Marcos Pereira on-line

27 julho 2009

All-lovely-day-long-private-enjoyed-pocket-‘gostoso como a vida deve ser’-show


Claudia Dorei .................................. Karina Buhr



Ceumar ........................................... . Tiê

Nos últimos anos, meses, dias, horas, minutos, segundos e frações destes, eu tenho ouvido muito, auditiva e sensorialmente, as maravilhosas cantoras emergentes do mundinho sub-pop-alternativo-outsider-paulistano. As sensações sinestésico-visuais trazidas por suas vozes e músicas, me levaram a idealizar um dia perfeito com a participação destas musas interagindo e cantando para mim. Batizemos o evento como sendo um all-lovely-day-long-private-enjoyed-pocket-‘gostoso como a vida deve ser’-show.

A seqüência de atividades/playlist interativo sugeridos é a seguinte:

1) Acordar ao som do trompete da Cláudia Dorei no pé do ouvido. Poderia ser com ‘Já Passou’.

2) Durante o café da manhã, ‘Gentileza’ cairia muito bem.

3) Já desperto, eu iria brincar de roda com a Karina Buhr. ‘Presta Atenção’, ‘Passarinho’ e ‘2 de Janeiro’ fariam a trilha deste momento. Ah! Aquela cabocla marota, algo brejeiro, da percussão do ‘Comadre Fulozinha’, também poderia brincar com a gente.

4) Em seguida, um piquenique com a Ceumar entoando ‘Parque da Paz’, ‘Cantiga’, ‘Banzo’ e ‘Olha Pro Céu’. Para completar a atmosfera bucólica, ‘How Deep Is Your Love’, naquela versão do Trash Pour 4 que remete à região da Toscana. Combinaria com o clima, toalha e iguarias italianas do desjejum. Claro que a Lelena Anhaia seria muito bem-vinda.

5) Para embalar a siesta vespertina – ninguém é de ferro! –, eu chamaria novamente a Cláudia Dorei para cantar ‘Pérolas’. Se possível, acompanhada daquela deslumbrante ragazza que declamou Manuel Bandeira no 'Prata da Casa' (SESC Pompéia).

6) No fim da tarde, Karina Buhr retornaria para estourar plástico bolha e brincar de amarelinha ao som de ‘Palo Santo’, ‘Rosa Alvarinha’ e, obviamente, 'Plástico Bolha' .

7) Ufa! Depois de um dia ‘extenuante’, nada melhor que a relaxante voz minimalista, doce e delicada da Tiê. Para começar a ninar, ‘Chá Verde’. Depois, ‘A Bailarina e o Astronauta’ e, se ainda estivesse acordado, ‘Aula de Francês’.

Será que algum programa de auditório realizaria o meu ‘dia legal’?

2 Comentários:

  • Às 3:19 AM , Anonymous Leandro disse...

    Ah..., Marquinhos...
    A imagem daquela espectacular morena que recitou Manuel Bandeira no SESC Pompéia também não sai das minhas retinas.
    Eu enfrentaria sozinho um exército de cruzados por tal odalisca...
    Oxalá pudesse voltar no tempo para, com a audácia dos mais tenazes guerreiros sarracenos, retribuir com as palavras de Nagib Mahfuz aquela performance, aquela cena que nos foi proporcionada pela moça de olhos, cabelos e vestido negros como as noites da Bagdá sitiada pelos mongóis.
    E então, num efêmero rompante, e sob a proteção das imortais palavras do mestre egípcio, naquela noite eu diria a ela que "Hoje, amanhã ou dentro de muito tempo, em al-Abbassiyyê, em Rass el-Barr, no outro lado da terra, seus olhos negros e tranquilos não deixarão meu espírito, suas sobrancelhas juntas como duas asas, seu nariz reto e encantador, seu rosto com o brilho da pérola morena, seu pescoço comprido, sua silhueta fina e tudo o que eu poderia dizer ainda desse mistério fascinante que, tão embriagador quanto todos os aromas de jasmim, envolve sua pessoa e torna irrisórias as palavras”. (’O Palácio do Desejo’, Nagib Mahfuz, Cairo, 1957)

     
  • Às 10:04 PM , Blogger Marcos Pereira disse...

    Nobre companheiro Leandro,

    Vejo que esta mulher desperta em nós os instintos mais primitivos.
    Permita-me apenas adicionar um arremedo complementar ao seu expressivo e passional comentário: esta muchacha me ha puesto los pelos de punta!

     

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