Tribalistas... Passamos por isto!
Se avexe não! Logo, logo pinta coisa nova no pedaço (não percam em breve “The Best and Bost of 2004” e “Natal Bacana na Bocaina”). Já tá tudo arquitetado na cachola, basta apenas materializar a escrita. Pena que, com todo o avanço tecnológico, ainda não inventaram uma conexão wireless (sem fio) que possibilitasse o download de pensamentos diretamente do cérebro para o micro. Que desperdício! Diariamente, uma verdadeira tormenta de tempestades de idéias se perde por entre os labirintos do inconsciente humano.
Anyway, não resta alternativa senão batucar no teclado. Enquanto o novo está por vir, lanço mão do velho expediente do flashback, bastante utilizado em novelas para encher linguiça. Assim sendo, à guisa de registro cultural, aproveito o ensejo para reproduzir aqui um dos pontos altos da minha não-coluna no extinto ego-site-pop-adolescente do Figgipi-Andrrgè: as poesias tribalistas.
Caro internauta-leitor-voyeur, se tiveres fôlego e chegares ao fim, parabéns! Serás brindado com a melhor poesia tribalista escrita por alguém que mora num apartamento de número 1302, numa rua chamada João Passalacqua e que faz aniversário (todos os anos) no dia 19 de janeiro (tá chegando) . Trata-se de “No Bojo”.
“uh uh uh uh uh uh, uh uh uh uh uh uh” (1)
P.S.:
Trilha sonora da hora: Jorge Ben, no auge da fase samba-rock, com destaque para a bela “Minha teimosia, uma arma pra te conquistar”. Quando a Rosa Freitag co-apresentava o Happy-Hour na Brasil 2000 FM (que saudade!), ela chamou atenção de como o “lá, lá, lá, lá” desta música é parecidíssimo com o “Lay, lady, lay” do Bob Dylan. Seria coincidência melódica? O curioso é que, anos depois, o Jorge Ben viria a processar o Rod Stewart por plágio da música Taj Mahal, em “Da ya think I’m sexy?”.
(1) refrão de “Já Sei Namorar” - Tribalistas
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Conhece o site http://www.mundoperfeito.com? O site tem conteúdo basicamente trash. Há uns meses, eles inventaram um gerador de músicas tribalistas. Inspirados na onda, Figgipi-Andrrgé and I, fizemos as duas composições abaixo.
VÂMO NESSA
Sublime sublimar
Nos ups-and-downs do mar
Vejo, velejo, veleiro
Seresta serena, serenata, seresteiro
Horizonte é perto
Longe é eqüidistante
É tudo questão
De ponto de vista
Não há porto tão seguro
Quanto o porto de Porto Seguro
Porto de aportar
Quer nadar no Canadá?
Segure-se quem puder
Você quer ser minha mulher?
Viva a vida bem vivida
Vívida como cadela no cio
Não estou em qualquer lugar
Estou em Angra dos Reis, Brasil
Todo rio tem sua foz
Procure sua foz interior
A foz, a voz e avós
Dó, a dor de um cantor
Afrodite deusa do amor
IOIOIOIOIOIOOOOOO...
Mira mira mira
Samira no mirante
Olha o distante
Olha para o longe
Eqüidistante
BORBULHAS DE MÁRMORE (O SARAPATEL ELÉTRICO)
Esteja onde estiver
Bahia, Tocantins, andando Marapé
Está-se são, estação Sé
Metroando, destino qualquer
Onipotente, onipresente
Leste, este, ocidente
Honolulu, um acidente
Norte-Sul, me oriente
Tamborins inspiram agogô
Cuícas evocam o Senhor
Oboés exaltam o amor
Da mulher, o som do bongô
Perdidos no espaço vazio,
Lugar nenhum a exponenciar
Vão em vão ao lugar que ninguém viu
Laralaralá
Eu te amo
Quero bobmarlear
Quero gonzaguear
E ver ele voltar
Não era mais o mesmo
Mas estava em seu lugar
Dentro de ti
Compostas no dia 17 de janeiro de 2003, na barca para Ilha Grande.
Anyway, não resta alternativa senão batucar no teclado. Enquanto o novo está por vir, lanço mão do velho expediente do flashback, bastante utilizado em novelas para encher linguiça. Assim sendo, à guisa de registro cultural, aproveito o ensejo para reproduzir aqui um dos pontos altos da minha não-coluna no extinto ego-site-pop-adolescente do Figgipi-Andrrgè: as poesias tribalistas.
Caro internauta-leitor-voyeur, se tiveres fôlego e chegares ao fim, parabéns! Serás brindado com a melhor poesia tribalista escrita por alguém que mora num apartamento de número 1302, numa rua chamada João Passalacqua e que faz aniversário (todos os anos) no dia 19 de janeiro (tá chegando) . Trata-se de “No Bojo”.
“uh uh uh uh uh uh, uh uh uh uh uh uh” (1)
P.S.:
Trilha sonora da hora: Jorge Ben, no auge da fase samba-rock, com destaque para a bela “Minha teimosia, uma arma pra te conquistar”. Quando a Rosa Freitag co-apresentava o Happy-Hour na Brasil 2000 FM (que saudade!), ela chamou atenção de como o “lá, lá, lá, lá” desta música é parecidíssimo com o “Lay, lady, lay” do Bob Dylan. Seria coincidência melódica? O curioso é que, anos depois, o Jorge Ben viria a processar o Rod Stewart por plágio da música Taj Mahal, em “Da ya think I’m sexy?”.
(1) refrão de “Já Sei Namorar” - Tribalistas
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Conhece o site http://www.mundoperfeito.com? O site tem conteúdo basicamente trash. Há uns meses, eles inventaram um gerador de músicas tribalistas. Inspirados na onda, Figgipi-Andrrgé and I, fizemos as duas composições abaixo.
VÂMO NESSA
Sublime sublimar
Nos ups-and-downs do mar
Vejo, velejo, veleiro
Seresta serena, serenata, seresteiro
Horizonte é perto
Longe é eqüidistante
É tudo questão
De ponto de vista
Não há porto tão seguro
Quanto o porto de Porto Seguro
Porto de aportar
Quer nadar no Canadá?
Segure-se quem puder
Você quer ser minha mulher?
Viva a vida bem vivida
Vívida como cadela no cio
Não estou em qualquer lugar
Estou em Angra dos Reis, Brasil
Todo rio tem sua foz
Procure sua foz interior
A foz, a voz e avós
Dó, a dor de um cantor
Afrodite deusa do amor
IOIOIOIOIOIOOOOOO...
Mira mira mira
Samira no mirante
Olha o distante
Olha para o longe
Eqüidistante
BORBULHAS DE MÁRMORE (O SARAPATEL ELÉTRICO)
Esteja onde estiver
Bahia, Tocantins, andando Marapé
Está-se são, estação Sé
Metroando, destino qualquer
Onipotente, onipresente
Leste, este, ocidente
Honolulu, um acidente
Norte-Sul, me oriente
Tamborins inspiram agogô
Cuícas evocam o Senhor
Oboés exaltam o amor
Da mulher, o som do bongô
Perdidos no espaço vazio,
Lugar nenhum a exponenciar
Vão em vão ao lugar que ninguém viu
Laralaralá
Eu te amo
Quero bobmarlear
Quero gonzaguear
E ver ele voltar
Não era mais o mesmo
Mas estava em seu lugar
Dentro de ti
Compostas no dia 17 de janeiro de 2003, na barca para Ilha Grande.
Nota dos tribalistas de plantão:
O título da poesia acima é uma homenagem a dois dos maiores clássicos do cancioneiro popular nacional: "Borbulhas de Amor" (Fagner) e "Astronauta de Mármore" (Nenhum de Nós).
O título da poesia acima é uma homenagem a dois dos maiores clássicos do cancioneiro popular nacional: "Borbulhas de Amor" (Fagner) e "Astronauta de Mármore" (Nenhum de Nós).
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Os versos abaixo foram compostos num momento de reflexão existencialista. Pay special attention na 2ª estrofe. Ela sintetiza, na forma geométrica de um triângulo retângulo, o reducionismo do homem à condição do artigo definido “O”. This is it! É a própria questão da letra “O” que nos remete à esfericidade do globo terrestre, habitat da espécie (humana). On the other hand, o triângulo retângulo lembra Pitágoras, aquele do teorema dos catetos e da hipotenusa. Além da Matemática, Pitágoras foi um profundo estudioso da psique humana .
A ESSÊNCIA DO SER ENQUANTO (HU)MANO
Jericoacoara Cerro Corá,
Inhame e cará,
Cara a cara,
Amora amara,
Amarei amarás
O ser humano é mano,
O ser é mano
O ser emana,
O ser,
O
Mucama, Macunaíma, ímã
Marfim, mar finda
Mar da Finlândia
Bjork nasceu na Islândia
Mulas e sacis se brincam
Papais Noéis, Manoéis,
Tirem os anéis,
É Natal! Que tal?
Jaca, jiló, jujuba,
Ubatuba, Caraguatatuba,
Cuzcuz se faz com fubá,
Quanta cidade da brisa de Itajubá!
Lambaris e lampiões,
Maduros melões,
Profusões de ões,
Em nossos corações
O arco-íris verdeja,
No lusco-fusco
Do horizonte difuso,
Nova Delhi está em outro fuso
Oriente, ocidente,
Credes, crente,
A estrela cadente cadencia,
Conheci uma espiã da CIA
Perestroika, perereca, jibóia,
Parnaióca, paranóica, paranóia,
Fetiche kitch
É dormir num beliche
O querer mais quer,
Só como de colher,
Como? De colher!
O mais querer
É menos intenso
Acabo de acender um incenso
A ESSÊNCIA DO SER ENQUANTO (HU)MANO
Jericoacoara Cerro Corá,
Inhame e cará,
Cara a cara,
Amora amara,
Amarei amarás
O ser humano é mano,
O ser é mano
O ser emana,
O ser,
O
Mucama, Macunaíma, ímã
Marfim, mar finda
Mar da Finlândia
Bjork nasceu na Islândia
Mulas e sacis se brincam
Papais Noéis, Manoéis,
Tirem os anéis,
É Natal! Que tal?
Jaca, jiló, jujuba,
Ubatuba, Caraguatatuba,
Cuzcuz se faz com fubá,
Quanta cidade da brisa de Itajubá!
Lambaris e lampiões,
Maduros melões,
Profusões de ões,
Em nossos corações
O arco-íris verdeja,
No lusco-fusco
Do horizonte difuso,
Nova Delhi está em outro fuso
Oriente, ocidente,
Credes, crente,
A estrela cadente cadencia,
Conheci uma espiã da CIA
Perestroika, perereca, jibóia,
Parnaióca, paranóica, paranóia,
Fetiche kitch
É dormir num beliche
O querer mais quer,
Só como de colher,
Como? De colher!
O mais querer
É menos intenso
Acabo de acender um incenso
NO BOJO
Maia? Ilusão!
Calendário? Ilusão!
Tempo? Ilusão
David Copperfield? Ilusionista!
Naná Vasconcelos? Percussionista!
Ala radical do PT? Trotskista, marxista!
Ano novo? De novo!
Quantos virão?
Quantos verões?
Comprei um Kg de farinha
Pra comer com farinha
Comprei uma calça Rainha
Preciso fazer a bainha
Ser, ter,
Remeter, arremeter,
Mate-me suavemente
Mente a mente
No bojo,
No cerne,
No que concerne
Laralá laralá, eu te amo!
Receita de como se fazer um texto tribalista
"No Bojo", assim como boa parte dos textos pop-concretos ou tribalistas, é fácil de se criar. A receita é elencar verbos sonoros, dissonantes ou raros (como o próprio verbo elencar), um certo senso non-sense, pouca ou nenhuma conexão entre temas diversos, de preferência “cabeça”, com pitadas de esoterismo (tá na moda), idéias esquisitas que instigam o leitor a tentar enxergar um sentido por trás, e um pouquinho de inspiração para interligar estes elementos. Bingo! Peço desculpas ao Arnaldo Antunes e seus colegas. Ao contrário da Coca-Cola, a fórmula foi revelada ao mundo.
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