Marcos Pereira on-line

20 fevereiro 2014

We can be humans, just for one day. Feliz aniversário 2014!



Meu querido (blog-)diário ...

Já passava da meia-noite.
Não virei abóbora.
Mais: era meu aniversário.
Dentro do carro, todos dormiam, exceto as duas pré-adolescentes cochichantes e eu (ainda bem!), o condutor do veículo.

Ao mergulhar no túnel do Anhangabau, elas falavam alguma coisa sobre o David Bowie. Surpreso, me conecto ao mundo delas para tentar entender porque duas fãs de Justin Bieber citavam o ícone de um universo anos-luz distante. 

What the fucking awesome!!! Inacreditável!
Elas lembravam da cena do fofo-filme "As vantagens de ser invisível", cuja cena, reproduzida no vídeo acima, se passa num túnel, talquasmente aquele no qual adentrávamos, embalada pela clássica música  "Heroes", do camaleão do rock. Quando eu imaginaria que alguém do meu convívio tivesse assistido, e adorado, este filme?! 

(Deve fazer uns 2 anos que vi no cinema. Amei de paixão, tipo-assim, amiga!. Indiquei a um amigo, mas parou por aí. Nem lembrava mais dele [filme]. No meu mundinho me-myself-and-I-autista-outsider é natural guardar sensações e emoções provocadas por algum evento. Inclusive porque, não raro, não há com quem trocar.)

Naquele instante, nossas diferenças de idade, gostos, etc, foram sublimadas pelo simples compartilhamento das passagens do filme, enquanto atravessávamos o túnel. Foi mágico!

(Efeméride natalícia [meu niver] + aproximação do meu mundo com o das meninas beliebers = neurotransmissores em polvorosa.)

Plagiando o moço do filme, eu me senti infinito.

Sem saber, elas me deram o melhor presente de aniversário em anos. Quiçá, the best of all. 
E nem foi de usar, cheirar, tocar, provar. Simplesmente foi um presente de se emocionar.
E que vai deixar marcas indeléveis em minhas memórias por todo o meu sempre, amém!

Viva os meus heróis tio Mané,
                                   Ultra Seven,
                                   Tazz.     
                                   Buzz Lightyear,
                                   Super Man,
                                   Super Galo,
                                   Sulley e Mike Wazowski.

E viva Zapata!

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P.S. direto do túnel do tempo, 1980: aniversário de 12 anos.

As horas avançavam e ninguém chegava para a festa. Karamba! Ninguém me ama, ninguém me quer. De repente, foi chegando um, chegando outro e, aquele cenário vazio, enfim, se transformou numa celebração. Foi bacana!


P.S. direto do túnel do tempo, 1983: aniversário de 15 anos.

Caiu um pé d'água daqueles na província de Santos. A casa onde eu morava, alagada. A cena era esta: eu, segurando meu sobrinho no colo, com água até uns 19,37 centímetros de altura.

À época, meu pai encontrava-se fraco, bastante debilitado, prestes a deixar o planeta. E, meu melhor amigo, em estado terminal. Aliás, hoje se comemora o beatle day (http://mponline.blogspot.com.br/2005_02_01_archive.html,   outra efeméride. Desolado, desamparado, inconformado, senti um misto de raiva com medo.  Não  havia motivos para comemorar. Desde então, passei a boicotar aniversários.  Mesmo depois, passado algum tempo,   em respeito  e  homenagem  àquele  adolescente  gente  finíssima   (magérrimo,  diga-se),   mantive  o  protesto silencioso.

P.S. 2014, século XXI: aniversário de 46 anos.
 
Palavra de ordem destes tempos: compartilhamento.
À minha maneira, no meu tempo, tento libertar aquele adolescente  interior do peso descomunal que carrega. Para tanto, nada melhor do que a leveza da companhia da crianças, num  rolezinho no parque, regado a comidinhas e bebidinhas. Super curtimos!
    

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