Marcos Pereira on-line

02 janeiro 2006

Depoimento de um vitimado pela síndrome de TP4

Fui apresentado ao Trash Pour 4 no 'Vozes do Brasil'. No início, achei um pouco estranho 'How Deep Your Love' fazendo a trilha da entrevista com o Gustavo. Afinal, o 'Vozes' é um programa de música brasileira. Quando soube que uma da vozes do dueto em 'How Deep...' era a da Ceumar, fiquei curioso. Ainda mais, quando a Patrícia Palumbo falou que a Ná Ozzetti e o Rubi também faziam participações no CD. Precisa mais? Daí, entrei para a comunidade do Orkut, comprei o CD e li várias notas sobre a banda, inclusive a matéria assinada pela (anfitriã) Patrícia Palumbo, na revista TPM.

De repente, tudo fez sentido na minha vida. Agradeço do fundo do meu coração ao TP4 por 'reinventar' algumas músicas que estavam empoeiradas lá na parede da memória ou no eterno e imutável top 100 da Antena 1. Como que num toque de mágica, do tosco fez-se o sofisticado. 'Take On Me', por exemplo. Eu simplesmente detestava aquele tecladinho estridentemente irritante, bem característico das bandas dos 80s'. O TP4 o substituiu por um delicioso trompete(?) no finalzinho. Very cool! E o que dizer de 'A Little Respect', do Erasure? Quem poderia imaginar que um hit do início da era 'house' poderia se transformar numa baladinha lírica? Lindo! Maravilhoso! Ops, se empolguei e desbundei! E, para a minha surpresa, lá no pocket show da livraria da Vila, me reencontrei com outras 3 pérolas do cancioneiro pop, enquanto standards do imaginário inconsciente coletivo, a nível de Jung (habla sério!):
1) 'Careless Whispers', George Michael: tema da quinzena de ferragens e ferramentas do Mappin.
2) 'All That She Wants' do Ace of Base: esta banda sueca emplacou vários hits no 'American Top 40' em 1996; by the way, tem um episódio hilário do South Park que cita a banda.
3) 'Walk Like An Egyptian', Bangles: o violão-cítara ficou simplesmente SEN-SA-CIO-NAL (espero ter separado corretamente as sílabas).

Na minha singela e míope visão, o grande achado do TP4 é 'trazer à superfície' a beleza das canções que existe por traz de arranjos muitas vezes descartáveis. Ao easy-listening acrescentou-se um swing irresistível. Sei lá, mil coisas! Hoje eu sou mais um feliz 'addicted' em TP4. Seja no carro ou em casa, eu não consigo parar de escutar e cantar (sic!) as músicas do Recycle Vol. 1. Num ano de gratas descobertas para mim - a turma do 'Canto de Cozinha' (Ceumar, Gero Camilo, Rubi, Tata Fernandes e Kléber Albuquerque), Estúdio Nova Dança, etc -, ouso dizer (escrever) que o TP4 fechou com chave de ouro o ano de 2005.

NATÁLIA PARA PRESIDENTE! Já e agora!
E Mariá para 1ª. ministra, como sugeriu um moço parlamentarista lá do Orkut.