Marcos Pereira on-line

27 janeiro 2005

Excelsior, a Máquina do Som. O Passado de Presente pra Você

O objeto deste texto inicialmente seria o CD temático que estou criando, inspirado no programete “2 Tempos”, que foi ao ar na extinta rádio Excelsior AM, “a máquina do som” lá nos idos dos anos 70. Funcionava assim: quando havia um lançamento musical, eles programavam um sucesso antigo e o lançamento em questão. Sacou? O meu CD “2 Tempos” é um pouco diferente. Nele, a idéia é gravar várias pastas de MP3, com a versão original e a regravação. Por exemplo, nem todos sabem que a versão original de “Don´t Let Me Be Misunderstood” é do Animals. Porém, a música estourou nas paradas no auge da disco-music, numa versão disco-flamenca do Santa Esmeralda.

Daí, Excelsior me lembrou a minha prima Regina (filha do tio Mané, mãe do Figgipi-Andrrgè) e eu lembrei que hoje é o aniversário dela. Qual a relação Excelsior-Regina? Para mim, foi decisiva. Fui iniciado e crescido no mundo pop através das duas. Então, senta que lá vem história ...

Houve um tempo em que o FM era sinônimo de música de elevador e de sala de espera em consultórios. Poucos aparelhos traziam esta faixa de freqüência. O rádio, como veículo de massa, se restringia às emissoras de AM. No lugar das atuais redes de rádio via-satélite, a transmissão se dava em ondas médias e curtas. Via de regra, as rádios AM se dividiam em jornalísticas e populares (acho que ainda é assim). Quem não tem na família uma mãe, tia, tio, avô ou avó que ouvia Gil Gomes, Eli Correa (oi, gente!) ou Zé Bétio, que atire o primeiro rádio.

Paralelamente, nos anos 70, duas emissoras, ainda em AM, romperam com este padrão, criando uma programação totalmente direcionada para o público jovem: Excelsior (780 Khz) e Difusora (960 Khz). A Excelsior pertencia às Organizações Globo, enquanto a Difusora, aos ‘Diários Associados’, o grupo concorrente que tinha à frente a Tupi, primeira emissora de TV da América do Sul.

Muito mais que um mero slogan, “Excelsior, a Máquina do Som” se tornou uma marca, um rótulo fantasioso. Os programas mais emblemáticos da Excelsior eram o “Pediu, Tocou, Ganhou” e o “Peça Bis Para o Sucesso”.

O “Pediu, Tocou, Ganhou” era apresentado em duas edições. A primeira das 8:00 às 10:00 e a segunda, das 12:00 às 14:00h. Como os verbos sugerem, o ouvinte pedia a sua música por carta, a música tocava e ele ganhava uma fita cassete com a música pedida.

O “Peça Bis Para o Sucesso” entrava no ar encaixado entre as duas edições do “Pediu, Tocou, Ganhou”. Das 10:00 às 11:00h eram apresentadas 14 músicas, cada uma identificada por uma cor. O ouvinte ligava e escolhia pela cor. As 7 mais votadas voltavam às 11:30h. Entre as 14, havia algumas músicas-destaque, cada uma anunciada por uma vinheta especial. Deste modo, “Flashback” introduzia uma música do passado, “Rock Time”, um roquinho e a “Parada US TOP”, um sucesso de uma revista musical americana (normalmente Billboard e Cashbox). Exemplo de músicas-destaque: “Flashback – The Ballad of John And Yoko – Beatles. “Rock Time – The Logical Song – Supertramp”. “Parada US TOP – Ring My Bell – Anita Ward”. Às 11:00h, durante a apuração, o “2 Tempos” era levado ao ar. Um “2 Tempos” bem legal que me vem à mente foi com o Paul McCartney & Wings. A antiga, “My Love” e a “nova” “Goodnight Tonight”. Depois foi criada a segunda edição do “Peça Bis”, das 17:00 às 19:00h. O legal é que os programadores alternavam as naturais candidatas ao primeiro lugar em dias diferentes. Por exemplo, “Love Of My Life” do Queen dificilmente era selecionada no mesmo dia de “Ready to Take a Chance Again” do Barry Manilow (kitch total).

Enquanto a Excelsior era mais voltada para o pop, a Difusora era mais mulata, tocava mais músicas black, numa época em que a black music não era mainstream. Eu pirava o cabeção quando tocava “Push, Push” (Brick), “Sky Zoo” (Sky), “Money” (Fatback Band), “How Do You Do?” (Brass Construction). Como poderia definir a Difusora? Vou tentar. A Difusora era direto na veia, enquanto a Excelsior era mais floreada. Consigo lembrar de dois programas. O primeiro deles é o “Melhor de 3”, nas manhãs de sábado. O ouvinte escolhia uma música entre três tocadas. A mais pedida repetia. À tarde, depois do “Projeto Minerva”, as vencedoras de todas as seqüências de 3, tocavam novamente em “As Melhores da Melhor de 3”. “My Life” do Billy Joel figurou por muito tempo nas melhores. O segundo programa era o “Programador 9-6-0”, aos domingos, cuja fórmula lembrava o "Pediu, Tocou, Ganhou" da concorrente. O ouvinte enviava uma carta e indicava 3 músicas. Ah! Lembrei de outro. O “Big Apple Show” do Julinho Mazzei começou lá na Difusora.

De repente, no início dos 80s tudo mudou. A Excelsior mudou a sua programação para o jornalismo, a fim de concorrer com a Jovem Pan AM. Mais tarde viria a se tornar a CBN (Central Brasileira de Notícias). Já a Difusora foi pro buraco junto com a Tupi. Ao mesmo tempo, a rádio Cidade foi inaugurada e trouxe para o dial paulistano um estilo de FM descontraído e dinâmico (o prefixo-slogan era este: “ZYD 854, rádio estéreo Cidade, a nº 1 do FM, 96,9 Mhz, São Paulo”). Em Santos, a Cultura FM ensaiava os primeiros passos neste sentido. Resumo da ópera, para se ouvir música jovem, necessariamente o ouvinte teria que migrar para o FM.

Eu fiquei muito puto! Primeiro, porque morando lá na província de Santos, o acesso ao mundo pop musical era mais difícil (a MTV brasileira surgiu em 1990). Mais que isso, Excelsior e Difusora deixaram órfãos uma legião de jovens que se habitou a ter o rádio como companhia de todos as horas, seja na hora do estudo, no chuveiro, na praia, no carro. Segundo, porque o FM começava a se disseminar e eu não tinha rádio FM - e pensar que hoje com 'déis real' se compra um radinho na esquina.

A transição da Excelsior até se transformar definitivamente numa rádio ‘all news’, a CBN, me lembra um episódio do segundo melhor seriado de todos os tempos (só perde para o Seinfeld): “Anos Incríveis”. Na historinha, o protagonista da série, o pré-adolescente Kevin Arnold e seus amigos, Paul Pfeiffer e Winnie Cooper, tentam impedir a destruição de um bosque que seria “substituído” por um Shopping Center. Vai explicar isto para aqueles garotos que viam naquele bosque as lembranças de uma infância feliz. Dias depois, lá estão eles alegres e saltitantes passeando pelos corredores do, até então, famigerado símbolo do progresso. No caso da Excelsior, a máquina do som virou a locomotiva da notícia, a rede CBN (“a rádio que toca notícia, em AM 780, FM 90,5”, outro brilhante rótulo fantasioso). Hoje a CBN é top 3 nas memórias dos meus rádios.

De 1980 pra cá, o rádio passou por inúmeras transformações. O FM se tornou popular, as transmissões passaram a ser em rede nacional, via-satélite, e ocorreu uma natural segmentação de público. Basta passear pelo dial que é possível conferir uma transmissão de futebol, um noticiário, MPB, pop, rock, babas tecno, música clássica, etc.

Concluindo, deputado, alguns nomes ficam na memória (do cérebro) não apenas pela conteúdo, mas pela marca que imprimem na cabeça das pessoas. A Excelsior atingiu o status de “Top of Mind” da minha vida, na categoria rádio. Ainda hoje ecoa na minha mente o vozeirão do Antonio Celso no slogan “EXCELSIOR, A MÁQUINA DO SOM”.

Feliz aniversário, Regina!

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P.S.-Vinheta 1: “Tel, tel, tel, telefone Excelsior, oito-dois-cinco-um-um-três-dois, Excelsior”

P.S.-Vinheta 2: “Pediu, tocou, .... GANHOU!”

P.S.-Vinheta 3: “Peça bis para o sucesso, peça bis para o sucesso. Sucesso, Excelsior”

P.S.-Música tema de “não sei o quê”: “(...) Vem, me dê a mão ou me dê o braço / O mundo é grande tem muito espaço / Mil maravilhas pra gente ver (...)”

P.S.-Tirada pop da época: a Suzy Quattro morreu. Motivo? Foi atropelada pela máquina do som.

P.S.-Pool FM. Depois da Excelsior, a efêmera Pool FM da 1ª fase (1984 a 1985) é a 2ª no meu “Top of Mind”, categoria rádio. Esta fica pra outro capítulo.

26 janeiro 2005

Eu não gosto de São Paulo. Eu gosto de São Paulo

Agora que já passou o efeito devastador do sanduíche de mortadela do Mercadão, dá pra escrever um pouquinho sobre a cidade no dia do seu aniversário.

Abaixo, um breve histórico da minha história em São Paulo:

1968 --- 1986 - salvo-condutos esporádicos, geralmente nas férias
1987 --- 1987 - salvo-conduto para permanecer durante um ano, como estagiário
1989 --- 1990 - salvo-conduto como estudante
1991 --- 1993 - salvo-conduto profissional
1993 --- hoje - salvo-conduto permanente. Optei por morar aqui e obtive um “grey card” .

O que escrever sobre São Paulo?
Numa cidade repleta de contrastes, arrisco uma declaração de amor meio torta, recheada de antíteses.

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Eu não gosto de São Paulo. Eu gosto de São Paulo

Eu não gosto da São Paulo da movimentada avenida Ipiranga.
Eu gosto da São Paulo da movimentada avenida Paulista.

Eu não gosto da São Paulo da aglomeração das ruas do centrão.
Eu gosto da São Paulo das largas e arborizadas ruas de Higienópolis.

Eu não gosto da São Paulo das enormes filas dos cinemas, nos fins-de-semana.
Eu gosto da São Paulo da calmaria do centrão, nos fins-de-semana.

Eu não gosto da São Paulo dos barzinhos que tocam Djavan.
Eu gosto da São Paulo das festas do Garagem.

Eu não gosto da São Paulo do excesso de papo-cabecismo do Espaço Unibanco.
Eu gosto da São Paulo do despojamento descolado do Sesc Pompéia.

Eu não gosto da São Paulo travestida de “mudernidade”.
Eu gosto da São Paulo despida, de vanguarda.

Eu não gosto da São Paulo dos boletins de trânsito óbvios.
Eu gosto da São Paulo da funcionalidade do metrô.

Eu não gosto da São Paulo apolipticamente diluviosa.
Eu gosto da São Paulo melancólica, da garoa.

Eu não gosto da São Paulo da artificialidade do parque do Ibirapuera.
Eu gosto da São Paulo da simplicidade da praça do Por-do-Sol.

Eu não gosto da São Paulo da impessoalidade dos fast-foods.
Eu gosto da São Paulo do calor humano das padocas.

Eu não gosto da São Paulo das distâncias que afastam as pessoas.
Eu gosto da São Paulo dos acasos que aproximam as pessoas.

Eu gosto de São Paulo para sair dela.
Eu gosto de São Paulo para voltar para ela.

Eu não gosto de São Paulo.
Eu gosto de São Paulo.

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P.S.: Ora bolas! Que raio é este tal “salvo-conduto”. A resposta está no filme “Código 46”, em cartaz nos cinemas. Numa escala de 0 a 5, eu dou uma nota 2,73. O filme é pretensioso, mas é apenas legalzinho.


24 janeiro 2005

“Os Sonhadores” e o MP3


Stop! Pára o mundo que eu quero subir. Antes, porém, ainda com um pé em 2004, preciso falar (escrever) sobre “Os Sonhadores”, o sensacional filme do Bernardo Bertolucci, ambientado na Paris de 1968. Aliás, no take 7 de "O Direito de Sofrer" (vide texto neste blog), a personagem Rosely-Michelle parte rumo a Paris, exatamente para participar do movimento estudantil de maio de 1968.

Enfim, um filme que descreve a atmosfera do movimento estudantil francês sob um ângulo um pouco diferente. É sobre um estudante americano que conhece um casal de irmãos gêmeos, assim como ele, aficionados por cinema. Em 1968, a palavra de ordem no meio estudantil era a transgressão. Interessante é que o americano não se deixou contaminar pela efervescência do momento - só não conseguiu se conter ante à efervescência dos hormônios juvenis e se envolveu num triângulo amoroso com os dois. O filme é bastante intenso com doses de erotismo na medida certa e diálogos interessantes. Num deles, o americano provoca o gêmeo francês dizendo-lhe que é fácil combater o sistema à distância, bebendo vinho, cercado do conforto de um lar classe média. Afinal, quem eram realmente os fascistas naquele movimento? Os estudantes que queriam impor na base da força as suas reivindicações ou as autoridades, que apenas tratavam de manter a ordem social? Seria uma saída fácil e romântica defender os estudantes. Mas não seria de bom senso condenar o papel de reprimenda das autoridades.

Lembrei de uma revolução, a mercadológica, proporcionada pelo MP3 na indústria da música. Qual a ligação entre os fatos? O método de se fazer a mudança. O formato de arquivo MP3 se tornou bastante popular quando um jovenzinho criou o Napster, o precursor dos sites de troca de música pela internet. Após inúmeras batalhas judiciais, o Napster foi obrigado a fechar as suas portas (ou windows). Recentemente reabriu, mas com downloads pagos. O fato é que o Napster, na versão gratuita, deixou o seu legado. Depois dele, outros sites de troca de música vieram e o Kazaa ainda hoje resiste bravamente. E mais, o MP3 se tornou tão popular, que grande parte dos players de CDs lançados no mercado “lêem” arquivos neste formato. Sem falar no estrondoso sucesso dos iPods no exterior - ainda caríssimos por aqui. Não teve jeito, a indústria de eletrônicos sucumbiu à pressão do mercado. A fonográfica aos poucos está cedendo. É apenas uma questão de tempo e de sobrevivência.

Moral da história: revolução real começa a partir do plano das idéias. E não se dá de uma hora pra outra. Se Fidel Castro lesse este desfecho poderia retrucar: “ou não!”.

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P.S.: 2005 debutou há pouco e algumas categorias de melhores e piores já estão preenchidas:

Melhor almoço de aniversário na data do aniversário -->
o meu
.
Melhores amigos para almoçar no dia do meu aniversário (ladies first) com -->
Pati (Maionese), Naná, Gerson e Cássio (Arrelia).
.
Melhores amigos que não puderam comparecer no dia do meu aniversário para almoçar -->
Nei e Paulão
.
Melhor filme de 2004, assistido em 2005, para se assistir numa matinê no dia do aniversário --> “Os Sonhadores”
.
Melhor companhia para papear nas horas finais do meu aniversário sem que ela soubesse da data -->
Mônica 1K Coisas
.
Piores músicas de uma banda nacional que agoniza, mas insiste em continuar --> as do Barão Vermelho
.
Programas de TV mais idiotizantes --> os reality shows.
.

P.S. II: Sincronicidade cine-musical: “L’Amour a 3“ da banda (de dois) franco-germânica “Stereo Total” tocou no player. Mais tarde, rolaria um amor a 3 na tela.

P.S.III: Obrigado ao seu Alfredo (barbeiro) pelo relato entusiasmado dos roteiros de turismo cultural dele pelo Brasil. Até eu, que sou avesso a turismo por museus, monumentos, igrejas e tais, fiquei com vontade de conhecer as cidades históricas de Minas e Petrópolis.

15 janeiro 2005

Natal Bacana na Bocaina – Parte II – Cheguei

Onde parei? Ah, lembrei...

Como naqueles canais de TV por assinatura, paguei pra ver. Este Natal prometia ser, no mínimo diferente, por estar com outra família e na companhia de companheiros trekkers desconhecidos. Por falar nisto, cadê todo mundo? Eu era “todo mundo”! Graças à tecnologia, ou melhor, aos problemas advindos dela, a conexão com a internet falhou, a divulgação do pacote de Natal miou e o único gato pingado (miau!) forasteiro que deu o ar da sua graça fui eu. Por esta eu não esperava. Diante da situação, comecei a antever cenas de uma artilharia pesada. Como num filme de pirata, me vi no meio de um fogo cruzado de presentes, comes e bebes (“CD a estibordo, fogo! Capitão, fomos atingidos por um peru de Natal ”).. Será que sobreviveria para contar? Yes, I did!

Let´s go! O caminho de São José do Barreiro até a pousada, por si só já foi um programa (com emoção) à parte. O carro que nos levou até o alto da Bocaina era um fusquinha 77 travestido sobre rodas acorrentadas. Aqui cabe uma explicação: o fetiche sado-móvel-masoquista é necessário para simular tração nas rodas traseiras. E não é que funciona mesmo! McGiver não faria melhor! O fusquinha bravamente atravessou os atoleiros (segura, pião!). O rallye Paris-Dacar este ano começou um pouco mais cedo (no Natal) e noutro lugar (na Bocaina). Habla sério!

Sem quorum, pensei que a programação de trilhas seria suspensa, pelo menos no dia 24. Nada disso! Assim que chegamos na pousada foi só o tempo de ajeitar as coisas no quarto e picar mula. Todos preparados? Sim, o grupo de dois trekkers, o Zé Milton e eu, estava a postos. A trilha daquele dia seria leve, apenas um aquecimento. Não parecia. Já no primeiro trecho, encaramos uma subidinha mais ou menos íngreme. Quem diria? O pseudo-atleta de meia–maratona, que sobe o matão da Biologia, estava esbaforido, de língua pra fora. É, amigos da rede Globo, altitude de serra não é bolinho não. Haja pulmão!

Aos poucos fui me aclimatando ao lugar e o papo com o Zé Milton também fluía naturalmente. O cara é legal. Nada a ver com aquela espécie que infestou o planeta nas últimas décadas do século XX, o tal do ecochato. O Zé Milton não se enquadra neste perfil simplesmente porque é parte integrante daquele ecossistema. Como ele próprio disse, a Bocaina foi o quintal, o playground da sua infância. E aprendi coisas interessantes neste primeiro dia. Por exemplo, o ácido fórmico, produto da reação química que se dá nos formigueiros através da urina das formigas, é um ótimo descongestionante nasal natural. E, de quebra, também dá o maior barato. Outra coisa legal: o xaxim utilizado como vaso orgânico, na verdade é a parte inferior da samambaia-açú. Açú vem do indígena e significa grande. Ou seja, a aparência da samambaia-açú é a de uma samambaia, só que maior. Bbbboa! Já dá pra colocar isto na redação “Minhas Férias”. Mas, contudo, todavia, sem dúvida, o ápice da trilha foi a cascata da gruta. Tenho a honra de informar que fui o primeiro ser, enquanto humano (mano!), que fez o caminho reverso até a gruta, que se banhou nesta cascata. Escrevi meu nome na Bocaina. No futuro, este feito será lembrado pelas futuras gerações. Ou não!
Anyway, o dia estava perfeito. Até São Pedro deu uma trégua e a ameaça de chuva não se concretizou. Congratulations! Missão cumprida. A primeira trilha foi concluída com pleno êxito. Voltamos para a pousada, a noite caiu e eu caí na cama.

24/12/2004, 23:23h. Hora de acordar para celebrar o Natal. Chegaram os pais e o filho do Zé Milton (pais = seu Zé e dona Vera; filho = Felipe) para se juntar a nós (nós = Zé Milton + Paula, a sua companheira + Renata, ajudante na cozinha + Rodrigo, namorado da Renata + eu). Não fosse a ceia e a decoração especial, não parecia Natal. E foi muito legal. Vários assuntos passaram pela mesa, desde causos da Bocaína, passando por histórias de família, até novelas de TV. Foi light, Foi right! Só não foi diet (sorry! tribalismo em inglês é de doer!). Nos despedimos dos visitantes que voltariam para a casa, situada mais abaixo, batizada de Florestinha. Neste momento o seu Zé-pai nos conta que certa vez, ali naquela varanda onde estávamos, ele se pegou em transe ao ouvir o som das corredeiras ao longe, das folhas das árvores, dos animais noturnos e chorou de emoção. É phoda! Aquele senhor que eu havia acabado de conhecer horas atrás, sem perceber, me mostrou na simplicidade das suas palavras, o que talvez mestres teriam dificuldade de transmitir.

25/12/2004, 9:37h. O Zé Milton informa que o casal que viria para a pousada capitulou (nice verb!). Ainda assim ele precisaria correr atrás do moço do computador pra consertar a internet e não poderia me conduzir na trilha. Substituição de última hora: sai Zé Milton, entra Felipe (17) para assumir o posto de guia. Xá comigo! Papo adolescente é minha praia. Dito e feito. O garoto e eu nos entrosamos bem. Falamos das mina, dos mano, das baladas, de carreiras legais para se cursar, esportes e o nosso papo seguiu firme e forte nesta toada. E havia uma cachoeira no caminho, no caminho havia uma cachoeira. Claro que entrei. Estendi o meu corpinho marrom-bombom e me deixei massagear pelas águas, enquanto os raios solares ardiam em meu peito descoberto. Quanta viadagem! E assim, voltamos para a pousada e lá se foi mais uma bela trilha.

Depois da saborosíssima comidinha, fui para a varanda e o gramado me convidou para uma siesta vespertina. Era tudo o que eu queria: “descansar na sombra de uma árvore, ouvindo pássaros cantar, lá, lá, lá , lá” (trecho sampleado da música “Na Sombra de Uma Árvore” do black power setentista Hyldon). Ôps! Ai, ui! O bucolismo da cena foi quebrado por picadas de formigas. Levantei e continuei o soninho na cama. Cara, como eu sonhei nestes dias! E foram sonhos grandiosos, épicos; pareciam reais. E o engraçado é que eles continuavam, mesmo eu acordando durante algumas intervenções de ordem, digamos, cocozística. Freud explica? Talvez Jung!

When the night has come and the food is on the table (enfim uma frase em que não é o book que está on the table), eu acordo pra encher a pança e depois dormir. By the way, os infinitivos de verbos das ações mais recorrentes durante estes dias foram camunhar, comer, beber, relaxar e dormir. Não necessariamente nesta ordem. Às vezes eu eliminava o verbo caminhar da conjugação e deixava imperar apenas os outros (verbos). E cá estou eu, rabiscando o draft do texto que vai virar (virou) página no blog, sentado naquela mesma varanda onde o seu Zé-pai chorou um dia.

26/12/2004. 10:19h. De repente, aparece um montão de terráqueos(as). Eram os parentes da Paula. Chega de exclusidade! A trilha hoje tem quorum maior que 2. Totalizamos quatro: o Felipe, seu Miguel, pai da Paula, o Rodrigo 2, cunhado (“não é parente”) da Paula e eu. Fiquei positivamente surpreso com o nível de informação dos novos agregados. Não que eu seja prepotente a ponto de pensar que não exista vida inteligente fora metrópole. O fato é que eles têm acesso a praticamente tudo que temos nos grandes centros urbanos e contam com o privilégio de viverem envoltos à natureza. A fórmula informação + ecologia resulta em consciência e discernimento entre o certo e o errado. Na Bocaína o Bush também é o vilão da história.

No caminho encontramos um grupo que iniciava a trilha do ouro. Ao parar para atender o pedido para tirarmos as tradicionais fotos de viagem, conversamos alto demais e atraímos a atenção das abelhas. Foi um tal de corre pra lá, corre pra cá pra fugir do ataque voraz daquele exército abelhudo. Exceto o seu Miguel, ninguém passou incólume às picadas das abelhas. Abelhas da Bocaina, vocês deixaram marcas em mim. Não as esquecerei, forever and ever. E chegamos na maior e mais bonita das cachoeiras da programação de Natal.

Time is over! É hora de voltar pra “civilização”.

A dor da parto é dura, mas inevitável. Enquanto aguardo o Zé-filho, ainda dá tempo de disputar uma peleja do emocionante jogo de varetas (lembra? Aquele no qual o objetivo é pegar a maior quantidade de varetas, uma por vez, sem mexer as demais). Assim não vale! A Taís e a Tainá, filhas do Rodrigo 2 (cunhado “não é parente” da Paula) e eu assistimos passivamente à espetacular performance do melhor jogador de varetas que eu já conheci na Bocaina: Sir Rodrigo 2. Quando a gente abriu o olho ele já tinha conquistado todas as varetas.

Mudança de planos. Surgem no pedaço uns amigos dos Zés (pai e filho) e nos levam, Rodrigo e eu, de volta para a cidade, num jipinho (da hora). O Zé-filho foi de moto. E dá-lhe mais conversa. Fazia tempo que eu não pronunciava mais de 237 palavras num dia. Devo ter batido o recorde. Chegamos ao ponto de partida, em São José do Barreiro. Me despeço do Zé Milton e ele de mim, ou melhor, do Gump, como assim fiquei conhecido. Pois é! Além de Marcos Pereira e Mauro Jorge, mais uma entidade se apodera deste meu corpinho.

No balanço de saldos e retalhos, Bocaina foi tudo de bom; mais que eu esperava, baby! Foi revigorante, revitalizante, refrescante, resignificante, relativizante e outros “res” que me fogem da memória. Enfim, foi uma experiência enriquecedora, a nível de pessoa, enquanto ser humano, no bojo paradigmático de toda esta questão natalino-ecológico-fraterna. É reconfortante (outra palavra da família do prefixo “re”) saber que a equação
Natal = celebração da vida + confraternização + um monte de coisas gostosas pra comer, apresenta solução no conjunto da vida real.

À guisa de finalização, só tenha uma coisa a dizer: foi um FELIZ NATAL!

P.S. I:

JESUS TE AMA!!!
E VIVA ZAPATA!!!
O POVO, UNIDO, JAMAIS SERÁ VENCIDO!!!
A AMAZÔNIA É NOSSA!!!


P.S.II: Nos raros contatos com a civilização durante estes dias, no rádio tocou a deliciosa “Solid” da dupla Ashford & Simpson. Quando eu imaginaria ouvir esta pérola de 1985, direto do túnel do tempo para a Bocaina? Habla seríssimo!

Natal Bacana na Bocaina - Parte I - Chegando

Então é Natal! De repente todos os corações - e as carteiras também – se abrem para celebrar o nascimento do mártir maior da maioria das religiões ocidentais. O espírito natalino provoca até absurdos assassinatos musicas como o cometido com a música cujo título na versão em português coincide com a frase que abre este texto – parece até pista para adivinhar “Qual é a música, Laurindo Salvador?”. Explico: a dona Yoko Ono autorizou que uma baiana da MPB atropelasse, deliberadamente, um clássico (“Happy Christmas”) daquele (John Lennon) que um dia proclamou que a sua banda (The Beatles) era mais popular que Jesus Cristo - nos 60’s devia ser mesmo. Mas o buraco é mais embaixo. Será que as pessoas ainda se lembram qual é o motivo da data? Tão colado ali, perto do fim de ano, o Natal- feriado é bastante lembrado, sim, mas por outro motivo: por servir de ponte para emendar o fim-de-ano.

Porém, existem os esquisóides sociais, mal resolvidos, que têm dificuldade de assimilar o tal espírito natalino e tentam passar indiferentes pela data. Assumidamente me enquadro nesta categoria. O que fazer então? Como diria o nosso amigo Leão da Montanha, saída estratégica pela esquerda, ou melhor, para o alto... e avante! Ôps! Se empolguei! O avante é do Superman. O meu presente de Natal começou a ser aberto ao abrir a caixa postal do Outlook e me deparar com um e-mail, convidando trekkers de plantão para um Natal na Serra da Bocaina.

Let´s try starting again.

Então é dia 24 de dezembro.

1:27h da madruga. Já! As time goes by! Até empushar as tralhas na mochila e burnear um CD com a trilha (sonora) da viagem , o tempo urgiu sem que eu me desse conta.

4:39h da madruga. A MTV me desperta. Rapidamente me despeço dos meus roommaters inanimados. Feliz Natal Brenda, Pablo Hernadez Escobar, Zeca e Docinho; cuidem bem da casa! De repente, lágrimas quase verteram pelo meu rosto. Naquela mesa tá faltando ele, que foi o meu maior companheiro inanimado. Taz-Roberto (in memorium), eu não te esquecerei jamais, esteja onde estiver.

Ao me dirigir ao posto para encher o tanque, ligo na CBN e qual a pauta da matéria que está no ar? O Shopping Morumbi na maratona que atravessou a madrugada totalizando 33 horas consecutivas aberturas. Afinal, é Natal! Tenho uma sugestão aos donos de shopping. Por que não estender o horário alternativo para o resto do ano. É sério! Parafraseando aquele banco (the citi never sleeps), os shoppings poderiam nunca dormir. Todos lucrariam. O mercado de trabalho seria incrementado. Além do mais, existe uma legião de notívagos que adorariam ter uma opção diferente nas madrugadas. Já pensou que legal pegar um cineminha às 3 da manhã?

5:21h da madruga. Nas ruas, apenas os night bikers, os primeiros trabalhadores começando a labuta de mais um dia e os baladeiros voltando pra casa. Um pit stop rápido para as últimas comprinhas e pé no estrada. Ou melhor, rodas na estrada.

Lá pelas 9:01h chego em Queluz. O check-in se daria apenas às 10:30h, em São José do Barreiro, no pé da serra da Bocaina. Então, deixei o carro na sombra e fiz uma peregrinação a pé. Ora, vejamos. Let´s see quais os agitos da cidade. No mural do quiosque da praça, um cartaz exibe em letras garrafais o convite para o show que iria arrasar a cidade: “Não percam, pela primeira vez no baile do Mú, a peladona do Big Brother” (qual delas?). Mais acima a convocação para um campeonato de truco. E, por fim, o melhor programa: um festival de videokê. Bom, pelo menos não vi bingo nem igreja Universal.

Enfim, a cidade acabou e eu ainda precisava passar por Areias até chegar em São José do Barreiro. O telefone toca. Era o moço da pousada perguntando onde eu estava. “QSL, câmbio, Marcos Pereira is on the way. CRRR, CRRR, CRRRR! Câmbio, desligo, copiado!”

Entrada triunfal na cidade. Ué! Tudo bem que a placa do carro é de São Paulo, mas por que todos olham? Porque simplesmente entrei na contra-mão na praça da igreja matriz. Percebo a irregularidade e me escondo na primeira rua que dá mão. Corrigida a manobra, estaciono próximo ao Empório Café, o point de encontro. Ao sair do carro, um grito ao fundo: “Marcããão”. Xi, Marquinho! Será que fui identificado e serei abordado por um policial de trãnsito proferindo um “teje preso!”. Hesitei em me virar, mas a voz insistiu. Era o Zé Milton, o dono-anfitrião da MWTREKKING (quero desconto pelo merchan, hein Zé Milton!). Cumprimentos de parte a parte, estacionei o carro na casa do pai do Zé e fui ao bar-buteku-padoka. Pedi um queijo-quente. Estranho! Nem acenderem a chapa e, minutos depois, o pão veio quente. Só que o queijo, frio. Calma lá! Ainda era cedo e eu não me despira do tipo paulistano exigente e reclamão.

Enquanto degustava o queijo quente (frio), pousei os olhos num senhor sentado do lado de fora, que observava a movimentação do lugar. Notei que muitos ali acordam cedo para fazer o mesmo, ou seja, nada. Ou não! Talvez tudo de bom. Afinal, é preciso ter uma percepção diferenciada, por exemplo, para contemplar as nuances num simples vôo de um passarinho. Penso comigo como gostaria de enxergar a vida de uma forma tão simples, com preocupações triviais, sem pressa de chegar, sem ter aonde ir. Simplesmente ser e estar. Péra lá! Volta a fita, ou melhor, o texto. Como escrevi logo acima, “gostaria” – verbo conjugado na 1ª pessoa do futuro do pretérito. O exercício de se colocar na pele daquele senhor, nada mais é do que um ideal imaginário que muitos de nós, cidadãos urbanóides, temos do que é uma vida tranqüila. E talvez ocorra o contrário. Aquele senhor poderia se imaginar na minha pele. O melhor mesmo é buscar ser feliz no habitat onde se vive. Viajei na maionese. Acorda, cara! Volta para este corpo que te pertence! Como diria o poeta tribalista (vide texto “Tribalistas..., passamos por isto!), “Perto é longe, longe é esquidistante. É apenas uma questão de ponto de vista”. Ou não!, como diria o poeta tropicalista Gil!

Ufa! Tô cansado! E ainda nem cheguei no alto da Bocaína. Então, achei por bem quebrar o texto em duas partes. E também dá tempo pra fazer xixi.

TO BE CONTINUED...

02 janeiro 2005

The Best and Bost of 2004 - Texto e listas remasterizados e remixados

Stop! Pára o mundo que eu quero descer. 2004 passou como um furacão avassalador, varrendo tudo pela frente e abalando os alicerces psíquicos deste mero blogueiro que escreve estas mal-traçadas linhas. Foi um ano de transmutação do eu Marcos Pereira, enquanto ser em estágio metamorfósico, para o outro eu, o Mauro Jorge. O primeiro veio da distante galáxia de Órion, disposto a conquistar o seu espaço na mediana classe média brasileira. Já o segundo, Mauro Jorge, tenta uma aproximação téte-a-téte com os terráqueos, a fim de estabelecer um vínculo maior com o planeta Terra, a nível de sistema solar da Milk Way. Qualquer semelhança com a dualidade Clark Kent x Kal-El não é mera coincidência. É puro plágio. Inventei toda esta xaropada, baseado nos episódios da atual temporada de Smallville.

Well, vamos a um pequeno balanço do ano que acaba de terminar. Afinal de contas, este blog também tem a pretensão de ser uma fonte (de)formadora de opinião.

Pois é, caro (e)leitor-voyeur! A Marta nadou, nadou e se afogou eleitoralmente, assim como aqueles carros, no recém inaugurado túnel da Rebouças (obra da Marta!). Bem feito! Prepotência e arrogância não ganham eleição (I hope so!). O PT precisa aprender que não está acima do bem e do mal. Muitas vezes é preciso usar mais jeito do que força para ganhar. E lá no império? A reeleição do Bush comprova, one more time, a vulnerabilidade de uma nação acuada pelo medo do terrorismo. Bem feito!

No pop nacional, mais acústicos foram ao ar. A fórmula, importada dos unpluggeds da matriz americana da MTV, já ruiu há algum tempo por lá. Por aqui, o formato ainda rende bons dividendos às gravadoras e artistas. A esperança é que não tenha sobrado mais ninguém para 2005. Ah não! Acabo de lembrar que inventaram a série “MTV ao vivo”, uma espécie de irmão mais velho do “Acústico”. Sorry! Acho que ainda amargaremos alguns anos com mais café coado do mesmo pó. E a caravana vai passar, os cães vão ladrar e os Engenheiros do Hawaii seguirão em frente. Prá frente eles vão. Cuidado com o poste!

E o Rio de Janeiro continua violento e lindo. O Rio de Janeiro, fevereiro, março e ... setembro, mês da meia-maratona. Alô, alô São Conrado, aquele abraço, alô aterro do Flamengo, aquele abraço!

2004 também foi ano de Olimpíada, ano dourado da seleção masculina de vôlei que conquistou a tríplice coroa (Liga Mundial, Mundial e Olimpíada). Feito igual, eu só vi com a seleção americana da década de 80. Agora que eu 'se' empolguei, permita-me um momento Avalone-volebolístico. Aquela seleção contava, entre outros, com os sensacionais jogadores Pat Powers, Karch Kiraly, Buck e Steve Timmons. Uma peça tática importante era o japonezinho Sato, que volta e meia entrava para sacar e fazer o fundo de quadra. A diferença entre as duas seleções é que o grupo brasileiro é especial. É uma equipe integrada por 12 jogadores, 6 dentro e 6 fora, que a todo momento se revezam em quadra; joga aquele que estiver em melhores condições no momento . Como disse o Bernardinho, a seleção é um exemplo de como a sociedade brasileira poderia se organizar melhor. Sem falso ufanismo, o vôlei masculino é motivo de orgulho nacional.
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Bom, chega de blábláblá e vamos as listas dos melhores e piores de 2004.

What the fuck HTML blog editor! Peço desculpas pela (pobre) diagramação e pela malcriação.
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Para simular uma tabela, imagine que existem duas colunas A e B, separadas por -->, de acordo com a legenda abaixo:
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A --> B, em que:
A = categoria
--> = and the winner is ...
B = nome do vencedor(a)
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The Best of 2004

Posto de gasolina mais enigmático --> posto do japonês (Jussara – PR)
Feijão temperado com bacon mais saboroso --> o da tia Billiki
Bife à rolê mais gostoso --> o da minha mãe
Melhor mesa-redonda retangular da TV --> MTV Rock Gol
Melhor show --> 30 anos do Rumo, no Sesc Pompéia
Prima mais amiga --> Lívia
Bebê revelação --> Lívia Maria
O mais queridinho da vovó --> Gsstttvo
O mais companheiro e aspirante a nº 1 da vovó --> Lucas
Sobrinha mais fofa (por dentro) --> Laís
Melhor filme --> "Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças", com o Jim Carrey e a Kate Winslet
"Kill Bill Vol 2", com a Uma Thurman e o David Carradine, dirigido pelo Quentin Tarantino
Melhor música pop nacional --> “O Meu Pau Fica Duro”,
por Rogério Skylab
Repórter revelação --> Vesgo (Pânico)
Melhor programa radiofônico --> Happy Hour (na fase Rosa Freitag), Garagem, Pânico, Lounge Eldorado e Café Europa
Melhor rádio --> Brasil 2000, CBN e Eldorado FM
Melhor música pop internacional --> “Take Me Out“, by Franz Ferdinand
Melhor reprise de TV do melhor seriado
de todos os tempos --> Seinfeld
Melhor programa de auditório --> Pânico na TV
Melhor programa de listas musicais --> Top Top (MTV)
Melhor amiga de quase 18 anos, que mora no Rio --> Priscila 17-RJ
Melhor agrião de comida por quilo --> restaurante Gourmet
Melhor pastel especial --> pastel de (quinta-)feira da Herculano de Freitas
Melhor mini-barra de chocolate --> Hershey´s
Melhores versos líricos em música --> "Você só me fez mudar, mas depois mudou de mim", por Gram
Ator cômico revelação --> Henrique Kimura (a fala “bela porpeta”, se referindo à esposa-ragazza do amigo, foi inesquecivelmente hilária)
Melhor clip --> "Você pode ir na janela" , por Gram
Melhor interpretação de irmã malvada da Cinderela --> Bel
Melhor interpretação de bebê chorão --> Carlos
Melhor aspirante a protótipo de PVC
(comentarista de futebol da ESPN Brasil) --> Figgipi-Andrrè
Melhor piadista no estilo programa de praça do SBT --> Carlos Gondo
Barriguinha peregrina mais sexy --> a da Eloísa Maria
Melhor cuzcuz do prédio onde moro --> o da Maria da Jesus
Melhor acarajé do Tatuapé --> o da Dona Marly
Maior expoente, aliando competência com resultado --> Bernardinho do vôlei
Melhor seleção do mundo --> Brasil, no vôlei masculino
Momento olímpico mais emocionante --> os jogadores de vôlei, no pódio, segurando
a camisa número 5 do (ausente) meio-de-rede Henrique
Melhor atleta-exemplo --> Sérgio Escadinha (líbero da seleção de vôlei)
Melhor jogador de futebol-espetáculo --> Ronaldinho Gaúcho
Maior resgate musical --> Rumo
Melhor afro-ministro-tropicalista de Estado --> Gilberto Gil
Melhor seriado de TV --> 24
Melhor seriado de TV brasileiro --> aquele em que os homens se vestiam de mulher
DJs mais inventivos --> 2ManyDJs
Melhor título de música --> “Eu tenho uma Camiseta Escrita Eu Te Amo”,
por Wander Wildner (Replicantes)
Miss simpatia Bahia --> Daniela Mercury
Melhor lugar para passar o Natal --> Serra da Bocaina
Melhor texto editado na página de abertura de um blog --> "A Última Crônica" (Fernado Sabino), no blog da Adriana
Melhor risada-cover da quadrilha de morte --> a do David
Melhor blog fofo-adolescente-etéreo --> o da Débora
Melhor desenho longa-metragem-continuação --> Shrek II
Melhor livro --> “Por um Fio”, por Draúzio Varela
Melhor livro sobre a história dos DJs no Brasil --> "Todo DJ Já Sambou", por Cláudia Assef
Banda mais interessante formada por uma só moça --> Santa Klauss
Banda indie nacional promessa --> Cansei de Ser Sexy
Bandas indies nacionais mais divertidas --> Jumbo Elektro e Los Pirata
Músicas babas mais legaizinhas --> "California Dreaming' 2004", by ?; "This Love", by Maroon 5
Produções nacionais mais legaizinhas --> "Filtro Solar", por Ramilson Maia com o Pedro Bial recitando;
"Dark Room", por "Que Fim Levou Robin?"
Melhor possível medalha de ouro perdida numa maratona olímpica --> Vanderlei Cordeiro
Melhor passeio ciclístico de Santos ao Guarujá --> Parada Irada Vol. 3
Melhor lista de melhores e piores deste blog --> esta aki
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The Bost of 2004

Intérprete musical mais desanimada --> Maria (ir)Rita
Maior assassina musical -->Maria (ir)Rita por ter trucidado “Encontros e Despedidas”
Pior música nacional --> todas da Maria (ir)Rita
Pior música internacional --> “Yeah” (irrcc!), by Usher
Pior atriz --> Renata Sorrah
Pior ator --> José de Abreu
Pior par romântico-erótico em novela das 9 --> Renata Sorrah + José de Abreu (vi ontem!)
Pior filme estereotipado da mulher moderna --> "Bridget Jones: No Limite da Razão"
Pior letra com duplo sentido em funk carioca --> “Dako”, por Tati Quebra-Barraco
Maior mico da prefeita --> obras viárias descaradamente eleitoreiras
Maior mico do presidente --> expulsão do jornalista do NYT do Brasil
Miss antipatia Bahia --> Ivete Sangalo
Pior papo-cabeça em música brasileira --> Celso Sim
Capa de chuva mais fudida --> a do Benê
Maior sorriso sádico ao relembrar histórias dolorosas da minha infância --> o do tio Mané
Momento olímpico mais decepcionante --> derrota da seleção feminina de vôlei contra a Rússia
Músicas babas mais horrorosas --> as últimas do Charlie Brown Jr. e todas da Maria (ir)Rita
O pior vício do Português, enquanto língua máter, depois do "a nível de" --> o gerundismo
O maior portador da síndrome de "se achismo" da mídia opinativa brasileira --> Diogo Mainardi
A maior mala sem alça --> o padre irlandês que segurou o Vanderlei Cordeiro na maratona olímpica
A mais chatinha da Olimpíada --> Daiane dos Santos
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Para encerrar, uma mensagem tribalista:
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O amanhã será,
O amanhã é agora,
Agora já é amanhã,
Agora já foi ontem,
E agora?!
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Vaca dá leite,
E sai quente.
Galinha bota ovo,
Feliz ano novo!