Marcos Pereira on-line

31 dezembro 2013

O álbum de 2013: Random Access Memories - Daft Punk


Eu sou a Blush (a peixinha, não a princesa), muito prazer!
         Capa do álbum RAM                                     Giorgio Moroder no meio do duo francês              

7h17 de terça-feira. Um preguiçoso sol de outono irrompe a densa camada da névoa matutina, invadindo a janela traseira do quarto/sala de dormir. Ligo o iTunes. A Blush emite um "glib glub Giorgio" (em bom peixonês, "escuta o depoimento do Giorgio"). Por baixo da voz, entra uma deliciosa base lounge. 

Ao final da introdução da faixa "Giorgio by Moroder", do novo álbum do "Daft Punk", ele se apresenta: "my name is Giovanni Giorgio but, everybody calls me Giorgio".

É a deixa para o despertar de um catártico e policromático teclado. Extática (de êxtase), a Blush inicia uma coreográfica ondulação senoidal com sua diminuta nadadeira esquerda e me convida: "gleb's gloove!" ("let´s groove!"). Como resistir? 

Instaura-se, naquele não-espaço-tempo, uma sinergia aeróbio-aquosa. Dois seres tão distintos conectados por vibrações sonoras sincopadas (diga-se, arquivo formato AAC, com ótima taxa de compressão - 256 Kbps!). Movimentos assíncronos, tresloucados, emergem dos chakras, eclodindo no ar (e água) uma energia gradando de tons roxo-Bieber a azul-turquesa. 

Nos perdemos (e achamos) na dança (outro petardo do álbum é a swingada "Lose Yourself to Dance"). 


Blush, só você me entende.

Eu te amo!

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P.S.: extraído do Facebook em 16/05/2013.