05 janeiro 2025
25 dezembro 2024
Feliz Aniversário, Jesus! - feliz término do seu/meu inferno astral (espero!)
28 outubro 2024
20 Anos de Blog, eu acredito - Não me Suicidei Por Um Triz , Yah Youls Não Quis
30 setembro 2021
Eu preciso dizer que te amo, Pietro. Feliz 4 anos !!!
Pietro pra todo gosto: risonho, zoiudo-com-2-dentinhos, c/ fralda tipo pato Donald, c/ a queridinha e queridíssima Larissa, fortinho na piscina, visual "Paulinho" (menino-homenzinho, arrumadinho com cabelo curto), etc.
------------------------------------------------------------
Sem
o tio Mané no planeta e a Larissa longe, do outro lado do globo (leste do
meridiano de Greenwich; sim, a Terra é redonda), lá por 2017 eu andava
desamparado, acabrunhado (gosto da sonoridade desta palavra!), tipo tudo está
perdido, sem um porto seguro emocional que acendesse meu lado criança. Lado
esse vital para o equilíbrio com outras personas que me habitam.
Até que, há exatos 4 anos, o Pietro emergiu à Terra. De início, pouco afeito a paparicos e assédios na linha de bilu-bilus e guti-gutis na bochecha, mantive distância regulamentar. A virada aconteceu quase 3 meses depois quando, numa madrugada, ele chorava compulsivamente, perdendo o fôlego ao final de cada rajada sonora estridente. Acordado pelos berros e único adulto por perto, peguei-o no colo. Aos poucos, se acalmou e voltou a respirar normalmente. Cansado, devido ao extremo esforço cardio-respiratório, dormiu aconchegado no meu peito. Naquela hora, sem me dar conta, nasceu um vínculo, um afeto entre nós. Precisávamos um do outro e aquela foi uma oportunidade para aproximação.
Desde então,
acompanho e tenho participado do seu crescimento: fui
babysitter durante noites, compareci a consultas médicas, exames clínicos e
eventuais idas ao pronto-socorro. Sim, sou babão. Pudera! Ele é apaixonante. Acho
admirável a habilidade como ele organiza e calcula espacialmente seus movimentos e
a forma precisa como pega e pinça os objetos. Que coordenação motora, amigue! Logo
descobriu o celular, ganhou um tablet e se revelou um ás nos joguinhos.
Impressionante o reflexo para desviar de obstáculos e caçar recompensas. Parafraseando o ex-apresentador-global-dominical, ô loko, meu! Esse é fera, tanto no pessoal como no digital, blábláblá,
No final de 2019, se encantou com o Papai Noel e o espírito natalino. Depois, já em 2020, enclausurados na pandemia, recuperamos e fomos salvos por um quebra-cabeças simples com peças de madeira e figuras de animais. Virou febre; não queria mais parar de brincar. E assim seguimos, assistindo desenhos animados non-sense (irmão do Jorel) e outros mais convencionais (Peppa e Dora Aventureira), pulando na cama elástica, pulando do sofá que nem 2 lokas gritantes-saltitantes, brincando de cavalinho, dormindo juntinhos, etc. Com o Pietro eu não tenho vergonha de ser ou parecer ridículo.
Mas, algo estava fora da ordem no seu desenvolvimento. O atraso na fala e comportamentos estereotipados sugeriam algum tipo de distúrbio. Após poucos meses de tratamento, a evolução da sua capacidade cognitiva tem sido espantosa. Cada vez mais, fala e se expressa muitíssimo bem. Minha impressão é que a dificuldade na fala e, consequente impossibilidade da materialização de coisas e emoções vocalizadas na forma de palavras, gerava nele sensações de isolamento, incompreensão e angústia. A partir do momento que começou a se comunicar e ser entendido, enfim, interagir, tudo mudou. Ele se apropriou da sua identidade e personalidade e se percebeu pertencente ao mundo.
Já citado lá no início, peço licença cósmica ao tio Mané ("in memorian"; se estiver na Nebulosa M-78, manda um abraço pro Ultra Seven), para usar passagem do texto em homenagem a ele (http://mp-online.blogspot.com/2016/12/para-e-sobre-o-tio-mane.html), alterando o tempo verbal para o presente. Ele há de compreender ...
"A nossa
cumplicidade se resolve apenas na companhia um do outro".
Assim acontece comigo e o Pietro ... corremos como o Sonic, comemos pipoca lançando para o alto, mirando para fazer cair na boca (erramos o alvo, invariavelmente); quando ele espirra, eu respondo com um espirro fake e ele devolve com outro fake e assim, sucessivamente, até descambarmos para o riso fácil e farto, e por aí vai. Também discutimos sobre a cor do farol de trânsito. Ele insiste que é azul e eu digo que é verde. Procede. O verde dos faróis de São Paulo é um pouco dúbio mesmo.
Hoje nossos encontros se restringem aos domingos. Mais intensos porque mais breves, aproveito cada minuto com o Pietro, pois logo chegará a segunda-feira e minhas personas adultas cobrarão energia e leveza de criança para encarar a realidade. Qualquer semelhança com "Monstros S.A." é mera inspiração na ficção infantil.
Então, com isto tudo posto, exposto, fruto de pensamentos e sentimentos remixados no inconsciente e trazidos à tona, sem mais delongas, só me resta dizer (escrever): eu amo o Pietro. Simples, desmedida e incondicionalmente assim!
Viva o tio Mané!
Viva a Larissa!
Viva o Ultra
Seven!
Viva o Sulley e
Mike Wazowski!
Viva Zapata!
E viva o Pietro!!!
Feliz 4
anos!!!!!!!
--------------------------------------------------------
P.S.: no Top 7
dos momentos que passarão no filminho de flashback, nos instantes derradeiros,
antes de eu deixar o planeta, alguns já estão
programados. Um deles aconteceu poucas semanas atrás: a primeira vez,
consciente, que o Pietro entrou no mar. Foi no Posto 2,
em Santos. Misto de emoção e medo, ele não cabia em si mesmo de tanta alegria,
fascinado com as ondas vindo e a água
recuando sobre os pezinhos dele. Fiquei à distância, só observando e
assessorando nos pulinhos das ondas maiores. De
repente, ele me chama "vâmo junto, Karro". Foi mágico! De 2 lokas gritantes-pulantes de sofá, passamos a 2 lokas gritantes-pulantes de ondas do mar (ondas do mar = de 19 a 37 cm de altura).
P.S. II: e o que falar do look praieiro do Pietro? Cabelo ao vento, tronco fortinho, perninhas bem torneadas e sunguinha do Homem de Ferro. Lindão!
P.S. III: por um tempo me chamou de mãe. Hoje, de Karro. Gosto de ambos.
15 novembro 2019
Fim do xaveco? Featuring "Sharing The Night Together"
Nota de cunho linguístico
As palavras tem um poder de transmutação, ao longo do tempo, por vezes surpreendente. Lá no auge do rock brasileiro, nos anos 80, o locutor de FM anunciava que o show dos Titãs [poderia ser Paralamas, Kid Abelha, Barão Vermelho, Ultraje a Rigor, Ira!, etc.] seria "imperdível". Lembro claramente que o "imperdível" era coisa nova, estranha aos ouvidos. "Imexível", pronunciada por um ex-ministro, também causou espanto, no mesmo período. Outras palavras são atualizadas e permanecem bem próximas da versão anterior. Invocado, por exemplo, mudou para irado.
Nota de cunho pop-informativo-defasado-uns-40-anos
"Sharing The Night Together" tocava o dia inteiro na "Excelsior, a Máquina do Som" [AM, 780 Khz]. Não lembro ter ouvido na Difusora [AM, 960 Khz]. Depois, virou tema da novela "Pai Herói".
Nota de cunho testemunho-pessoal
O Flexa e eu, sentíamos inveja dos xavequeiros profissa, que abordavam as mina num bar, numa balada, num show and everywhere. Nossas tentativas muitas vezes ficavam na intenção e morriam na timidez. Xavecos bem sucedidos, pouquíssimos. A maioria no carnaval. Aí não vale, né? Alguns destes raros, não decolaram para relacionamentos. No máximo, redundaram em amizades.
19 janeiro 2018
Meio Século - ato 1 de 3 - Eu e meus heterônimos
Naquele momento, interseções de vidas deram 'match' e uma nova história começava. Então, proferi uma apoteótica frase-pérola-clichê: "vida é fluxo!". Fez-me um destempo. Eu me silenciei e a classe junto. Lacrei, amigx! Eu consegui ser eu!
E, citando uma passagem com a voz de trovão do Cidão, os meus heterônimos [perdão, Fernando Pessoa, pela licença nada poética mas, hoje, eu tô super-podendo; afinal parafraseando o (Paulo) Bonfá, só haverá uma sexta-feira, 19 de janeiro de 2018] me carregaram no colo várias vezes. Aqui vai a relação de alguns destes heterônimos ou personas:
. o eu Pancho Villa - ganhou até cartaz na escola. Admiro aquele comunistinha idealista.
. o eu Marquinhos - o eu genérico, agridoce.
. o eu tio Marcos - gosto muito dele; quiçá, meu eu favorito.
. o eu Taz, nervosinho - amo ele.
.o eu Pererinha - meio bobildo, queria colo e guarida e o grupo de peregrinos o acolheu satisfatoriamente.
. o eu bailarina contemporânea - o eu mais transcendente.
. o eu loka - lado cantante desvairado, cortando a Imigrantes a 117 Km/hora (, meu amor, só tens agora os carinhos do motor).
. o eu Euler (alusão ao ex-jogador de futebol, "o filho do vento", que corria até acabar o campo) - depois de muitas corridas no curriculum (meias-maratonas do Rio, São Silvestres, etc.), percebeu que correr é entediante.
. o eu Mauro Jorge - me libertou, definitivamente, da postura séria de analista de sistemas, no trabalho. Grato, Donizettis, pelo batismo.
. o eu BVV - Bixa Véia Vingativa; reclamão e indignado, grita dentro de mim o tempo todo; difícil calar esta BVV, amigx!
. o eu nobre cavalo - servo fiel da Larissa; eu nasci para servir, atuando no background e nos backstages da vida.
. o eu aspirante a mãe de miss - livremente inspirado num episódio do Seinfeld, no qual o Kramer assume às vezes do tipo. No meu caso, infelizmente não decolou porque a "filha da mãe de miss" achava estranha a ideia de uma mãe na condição de um homem. Ah! Estas crianças conservadoras de hoje em dia ...
. o eu blogueiro - este aki; como um Red Bull, me deu asas. Me faz sentir um desconcertante Ricardinho levantando bolas impossíveis, um Deeplick pilotando insanamente pickups em viradas iradas ou um Jack Bouer fazendo em 24 horas mais do que um exército num mês. Eu tenho a força, ou melhor, eu tenho um teclado!
-----------------------------------------------------------------------
Dessa história?
Por isso digo
Que eu não tenho muito o que perder
Por isso jogo
Eu não tenho hora pra morrer
Por isso sonho
E a gente se olha
E não sabe se vai ou se fica.
Meio Século - ato 2 de 3 - Top 50 dos meus 50
Tulipa Ruiz